Nosso método consiste em despertar o sensu crítico do aprendente, por meio da elevação dos "3 A's", que consiste na valorização dos aspectos associados ao desenvolvimento da Autonomia, Autodidatismo e Autossuficiência. Nesse pressuposto, nossas ferramentas visam destacar que:
1 - O apoio pedagógico é uma forma eficaz de identificar e tratar problemas específicos de aprendizagem;
2 - Ele é realizado por profissionais especializados, que possuem conhecimentos e habilidades para avaliar e intervir nas dificuldades dos estudantes;
3 - Por meio do atendimento pedagógico, é possível desenvolver estratégias e técnicas específicas para ajudar o aluno a superar suas dificuldades e melhorar seu rendimento escolar;
4 - O apoio pedagógico também pode incluir orientação para os pais, a fim de ajudá-los a compreender e lidar com as necessidades de seu filho;
5 - Contratando um serviço de atendimento pedagógico, os pais terão a certeza de que estarão oferecendo aos seus filhos as melhores chances de sucesso na vida escolar.
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Para maiores informações sobre as perspectivas extraídas a partir de princípios sistemáticos relacionados à Educação Talmúdica, aprecie o texto a seguir:
EDUCAÇÃO TALMÚDICA
[...] Após a segunda Diáspora imposta por Roma (135 d.C.), pois, dezenas de rabinos ao longo de vários períodos de anos se reuniram em Assembleias para discutirem e rediscutirem as Leis propostas por Moshe (Moisés) na Torah. Tendo como objetivo, o pleno desenvolvimento religioso e cognitivo, com um toque do “olhar” do presente século na qual estava sendo vivido.
Sendo que, o Talmud em seu significado, define-se como “estudo” ou ensinar” (extraído da raiz hebraica Lamod), tendo o seu marco inicial ou fomentação com a primeira Diáspora, em pleno cativeiro da Babilônia (598 – 537 a.C.). Sendo que, ao longo destes anos foram produzidos dois tipos de Talmud: o da Bavli (Babilônia)[1]; e o de Yerushalmi (Jerusalém)[2]. Dos quais, destacou-se e predominou-se o Talmud Bavli. Uma vez que com a segunda Diáspora imposta por Roma (em 70 e 135 d.C.), fez com que os Judeus se preocupassem com a possibilidade de esquecerem de seus ensinamentos propostos pela Torah Oral (ensinamento verbal), surgindo e acentuando mais ainda a necessidade de se escrever os seus preceitos tidos como sagrados.
Desse modo, o Talmud Bavli é composto de sessenta e três livros (ou tratados rabínicos), representados por dois estudos a Mishná[3] e a Guemará[4], compilados em seis departamentos de ação: Agricultura, Festividades Bíblicas, Lei Civil, Pureza Ritual, Relações Familiares e Sacrifícios no Templo Sagrado.
O interessante de tudo isso, dentro de uma perspectiva crítica, é que segundo Dascal (2008), os rabinos da época discutiam ao ponto de às vezes até contenderem-se verbalmente, mas, no final das propostas assembleias, ao chegarem a um ponto conclusivo das questões analisadas, escreviam no Talmud a confirmação da posição vencedora do debate realizado. Porém, nada era descartado, pois em respeito à sabedoria dos rabinos defensores das posições derrotadas em debate, suas opiniões eram plenamente comentadas no Talmud (juntamente com a posição vitoriosa) em solidariedade, sinal democrático (respeito aos demais sábios) e em contentamento com a importância da cooperação mútua de ambos. [...]
E nesse trocar de ideias e decisões fortalecia-se a visão democrática, pois nem todo o ser era dotado de pleno saber, assim como, nem todo ser era incapaz ou insuficiente para não ter a sua ideia ou proposta relevada ou atendida. E nesse pressuposto, a sociedade muda por meio não das respostas, mas por ocasião das contradições, que por sua vez geraram as possibilidades de respostas.
NECESSIDADE DO SACRAMENTO SISTEMÁTICO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA
Havemos de concordar que a possibilidade de diálogo entre educação formal e informal, só será plena e eficaz, se cada um cumprir com suas responsabilidades, tendo a “democrática autonomia” de exigir mutuamente de ambas as partes, as devidas providências dadas às circunstâncias. Havendo, portanto, um Sacramento sistemático entre Escola e Família. Do qual, somos cientes tal como Polato (2009), que adverte que:
Para dar início ao diálogo produtivo, ideias prontas devem ser desconstruídas. É essencial que os professores entendam o público para o qual prestam serviço (como está organizada a família contemporânea? Qual o papel dela na Educação?). Por outro lado, a família deve compreender a missão e as propostas da escola e conhecer formas de contribuir com ela.
Mas, como poderíamos consolidar tal pressuposto? Para esse procedimento, temos, no entanto, algumas definições ou sugestões que visam às tais consolidações:
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Definição de responsabilidades – trata-se de reflexões em torno do papel a ser desempenhado por cada setor envolvido no processo, ou seja, é o princípio que norteia e divide os procedimentos a serem cumpridos pela família e a escola, em prol do indivíduo inserido no contexto de desenvolvimento sócio-cognitivo, a fim de que não se manifestem atos de culpabilidade entre tais grupos, onde a família exercerá a função do cumprimento moral, cultural e religioso do ser. Enquanto a Escola se responsabilizaria pelo processo de sistematização social, garantindo ao educando, um refinamento e aprimoração cognitiva, gerando para tais indivíduos, um leque de possibilidades de enquadrarem-se nos mais variados campos funcionais da sociedade;
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Comprometimento funcional – define-se como o momento em que os grupos já estejam conscientes de seus deveres e responsabilidades, para que, se auxiliem mutuamente, interagindo-se em busca de melhores condições procedimentais;
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Equilíbrio democrático – seria o processo de discussão entre família e escola, no qual prevaleceriam não as particularidades individuais de cada segmento, mas sim, meios que viabilizassem o apoio mútuo entre os grupos, somados com a garantia de respeito em relação às decisões tomadas, para que a família tenha o direito de educar seus membros segundo suas tradições positivas. Enquanto a escola se sentiria à vontade para tomar decisões que coubessem ao desenvolvimento pleno do ser, na sua forma cognitiva e sistemática.
Tais definições acima não consistem em serem verdades absolutas, considerando a possibilidade de “atitudes plurais”, por parte dos envolvidos no processo, isto é, o nosso objetivo é propor subsídios capazes de nortear indivíduos a desenvolverem ideias e procedimentos, fundamentais a consolidação das tão esperadas transformações sociais positivas. E não propor “receitas procedimentais” dos quais atenderiam somente contextos específicos. Desse modo, o que apresentamos enquanto ao sacramento sistemático entre família e escola, são maneiras a serem postas como reflexão, dos quais seriam adaptadas e flexibilizadas a partir das vigentes necessidades.
Mas, seria possível tal concretização, ao passo que já estamos a gerações mergulhadas na corrupção moral? Para tal resposta, apresentamos a reflexão expressa pelos questionamentos de Celso Vasconcelos, formulado através da necessidade de reflexão em torno das práticas de avaliação concernentes ao vestibular tradicional, no qual, o mesmo se dirige da seguinte forma:
Este parece ser um posicionamento subliminar à aceitação passiva da lógica excludente do vestibular: ‘Se nada podemos fazer para alterar, de que adianta ficar gastando fosfato refletindo sobre ele?’ E, mais uma vez, caímos no conformismo...
[...] Abrir mão disto é deixar de acreditar na possibilidade de mudança e, consequentemente, no princípio-fundamento mesmo da ação educativa: se não acreditamos na possibilidade de mudança do outro, nossa, da realidade, o que estamos fazendo em sala de aula??? (2002, p. 191).
Desse modo, de nada valerá anos de estudos ou qualquer empenho científico se não crermos nas possibilidades de mudanças. Mas, diante dos fatos, como preparar a escola ou como a família poderia se posicionar diante dos presentes contrapontos sociais? Na realidade, apesar de que se manifeste como complexa tal situação a solução definitiva conforme a presente análise, seria o cumprimento do proposto sacramento sistemático (integração entre família e escola) somada à moralização procedimental do sistema, isto é, a definição e prática de papéis mútuos, individualmente expressos pela família e escola.
Nesse pressuposto, temos como proposta de ação um mecanismo procedimental expresso pela Educação Talmúdica, que caberia a qualquer grupo social, em todos os sentidos e em todos os tempos. Assim, a família agiria conforme as necessidades de seus membros.
De fato, a Educação Talmúdica expressa para o indivíduo Judeu a devida preocupação para com a sua geração seguinte (vindoura). Nesse caso, tal postura torna-se a meta fundamental para a transformação cognitiva, social e cultural. Uma comprovação para tal afirmativa pôde ser percebida quando em maio de 2010 entrevistamos um renomado professor de Química da cidade de Imperatriz (Maranhão), que de fato, trabalhou por muitos anos em uma instituição de ensino judaico na cidade de São Paulo. O mesmo nos disse que o zelo da família judaica por seus entes é tão grande que “os pais seriam capazes de vender a própria roupa do corpo para que os filhos estudassem”. Numa simbólica analogia ao cumprimento do papel familiar em face da necessidade de um ensino voltado a aprimoração sistemática.
Nesse caso, a geração seguinte passa a ser o “foco” do processo, permitindo que a atual geração se molde adequadamente, aprimorando-se para propor as melhores condições de vida possível aos futuros membros familiares, que logicamente constituirão uma nova e melhor sociedade.
Desse modo, o indivíduo Judeu, desde a infância, é cobrado a refletir sobre a sua descendência. E isto, faz com que o mesmo tome atitudes cautelosas em prol de sua vida, contribuindo para a prática de um pleno projeto de vida, que culminará positivamente em seus filhos. Nesse aspecto, ambos os indivíduos, sejam homens ou mulheres, passam a serem iguais em proporções e contribuições para com o sistema social. Assim, tal comprometimento por parte destes indivíduos, resulta na solidez da constituição familiar que, no entanto, contribui para que o ser veja a vida com mais clareza e tome ações benéficas em prol de si e dos outros seres.
Nesse pressuposto, como seria tal educação à luz da relação entre família e escola? Para isso, diante desse questionamento, apresentamos as seguintes propostas, que por ventura poderão ser cumpridas, aprimoradas ou adaptadas conforme a necessidade do contexto. Assim, eis os pontos:
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Promover aos educandos momentos de estudos ou adaptações específicas associadas à disciplina de Filosofia[5] (princípio reflexivo em torno da ética e da moral). Nesse ponto; os indivíduos inseridos ao contexto institucional formal seriam levados a refletir sobre a importância do cuidado fundamental para com a Vida. Em que, os mesmos passariam a planejarem-se desde cedo, a fim de que desenvolvessem o máximo de seus potenciais cognitivos, contribuindo de fato, consigo mesmos e com seus descendentes, que futuramente, seriam como uma concretização positiva dos projetos do então presente. Desse modo, caso haja tal possibilidade de ação na sociedade, seríamos então testemunha de uma queda considerável de problemas como: “aquisição cognitiva” (considerando o conceito de que apesar de diferentes, todos os seres humanos são capazes de aprender significativamente), “consumo de drogas” (considerando que os indivíduos teriam a preservação da Vida como prioridade, em respeito a si e aos demais que dependem dos mesmos para crescerem saudáveis, afastando os temíveis fatores depressivos ocasionados pelo complexo vazio existencial), “contaminação por meios das DST’s” (considerando que se a preservação da Vida é algo fundamental, logo, todas as ações seriam medidas cautelosamente antes de serem praticadas, tendo em vista o respeito a si e aos seus entes) e “gravidez precoce” (considerando que o indivíduo seria o responsável por seu equilíbrio exclusivo e familiar, logo, pensariam duas vezes antes de porem seus futuros em risco ou nas possibilidades de um péssimo futuro aos seus entes, tendo em vista as tais possibilidades de imprevistos, como a de possivelmente cresceram sem uma figura paterna);
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Promover para a família o devido estudo reflexivo em torno de tais perspectivas acima citadas, permitindo com que a família acompanhe de perto o desenvolvimento sistemático e cognitivo de seus membros. Assim, as famílias estruturadas teriam condições de cumprirem eficientemente com suas obrigações, ao passo que muitas famílias em face de seus aspectos desestruturais, teriam a possibilidade de reverem algumas de suas práticas, contribuindo de fato para com o desenvolvimento dos seus membros, que consequentemente dariam continuidade ao processo.
Desse modo, vemos que todos os problemas apresentados acima são consequência de nosso desequilíbrio quanto sistema social. Nesse pressuposto, a solução para tal conquista deste equilíbrio estaria em sanar os problemas citados acima, logo, o êxito educacional estaria nas ações em torno das resoluções destas problemáticas.
Sendo que, não importa qual seja a metodologia de ensino dos professores ou a devoção da escola em superar-se individualmente, se de fato, a família não for convidada a participar e contribuir positivamente com o processo. Neste caso, a mesma se tornaria indispensável ao processo, além de que, a parceria da mesma para com a escola, a partir desta ótica de ação, resultaria na então sonhada transformação positiva educacional e social. Considerando também, sob a visão da psicologia, que tal referência pode ser percebida no discurso de Galvêas (2003), que ao estudar a obra Uma Nova Teoria da Aprendizagem, de Jerome Bruner, nos diz que, o objetivo deste cognitivista em propor tal teoria era:
a maneira pela qual se processa a aquisição de conhecimento pelo ser humano, ou seja, como se dá a gradual aquisição dos processos cognitivos que, posteriormente, servirão como instrumento fundamental para o homem decifrar a realidade que o cerca, permitindo com que o mesmo transforme - e conseqüentemente domine - o meio em que vive.
Desse modo, temos a típica alusão de que o ser humano é capaz de transformar-se tendo condições ambientais favoráveis ao seu êxito. Uma vez que, sendo contrárias tais condições (em sua respectiva familiar), o mesmo ainda sim, teria possibilidades de mudanças positivas, porém, teria que, no entanto, contar com influências categoricamente positivas de outros grupos familiares que, consequentemente, contribuiriam para com a mediação atitudinal de seu senso cognitivo, dentro do seu hall de ação. Assim, compreendemos que:
Urge fortalecer a família e, para tanto, toda a sociedade deve empenhar-se ao máximo. Sem essa fonte inesgotável de valores, afeto e contribuições diários, o futuro das gerações jovens será sombrio e o da sociedade será um grande ponto de interrogação. (KLIKSBERG, 2008).
Portanto, a partir de todo esse enfoque temático, que todos possamos na realidade estar conscientes de nossos deveres e obrigações para com o meio social, a fim de que prevaleça o fator positivo, quanto às mudanças, no intuito de que, venhamos plenamente vivenciar situações cada vez melhores quanto ao processo cognitivo e sócio-evolutivo.
REFERÊNCIAS
BRUNER, Jerome S. Uma Nova Teoria da Aprendizagem. 1966 apud GALVÊAS, Elias Celso. Sobre o livro: uma nova teoria da aprendizagem de J. Bruner. 2003. Disponível em: . Acesso em: 21 fev. 2010.
DASCAL, Marcelo. Entre a Filosofia e o Talmud. Rio Grande do Sul: WebMosaica, 2008. 8 p.
KLIKSBERG, Bernardo. O redescobrimento da família: uma perspectiva judaica. Revista Morashá, ed. 62, set. 2008. Disponível em: . Acesso em: 04 out. 2009.
POLATO, Amanda. Escola ou família, quem é a culpada? Nova Escola, São Paulo, ed. 225, set. 2009. Título original: Sem culpar o outro. Disponível em: . Acesso em: 05 mar. 2010.
VASCONCELOS, C. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002. p. 183–204.
Fonte:
SILVA JÚNIOR, J. R. A educação familiar como transformadora da sociedade: um paralelismo para com a Educação Institucional sob os aspectos projetados por uma visão educacional talmúdica. Monografia – Licenciatura em Pedagogia, Faculdade de Imperatriz, 2010. p. 16–18.
Notas:
[1] - Teve início por volta do ano 586 a.C., e encerrado e publicado em 499 d.C.
[2] - Estando originalmente produzido em aramaico, o mesmo não creditado ou considerado, pela difícil compreensão, e por não ser tão claro e objetivo quanto o Talmud Bavli. Sendo que, o Talmud Yerushalmi, teve sua produção interrompida em 425 d.C.
[3] - Trata-se da transcrição da Lei Oral.
[4] - Trata-se da composição hermenêutica por parte dos rabinos em relação à Mishná.
[5] - Destacamos a necessidade de se propor a disciplina de Filosofia desde o Ensino Fundamental, considerando a importância de seus princípios e o grau de colaboração para com o ser humano.